Honra e Gloria aos que tão novos lá deixaram a vida. Foram pela C.C. S.-Manuel Domingos Silva!C.Caç. -1558- - Antonio Almeida Fernandes- Alberto Freitas - Higino Vieira Cunha-José Vieira Martins - Manuel António Segundo Leão-C.Caç-1559-Antonio Conceição Alves (Cartaxo) -C.Caç-1560-Manuel A. Oliveira Marques- Fernando Silva Fernandes-José Paiva Simões-Carlos Alberto Silva Morais- Luis Antonio A. Ambar!~

O BATALHÃO CAÇ.1891 CUMPRIMENTA EFUZISAMENTE TODOS OS QUE NOS VISITAM ..DESEJANDO A TODOS UM BOM ANO DE 2021!


José do Rosário...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

DANIEL ROXO: O DIABO BRANCO

DANIEL ROXO

 Francisco Daniel Roxo  nasceu a(01 de Fevereiro de 1933 em Mogadouro, Portugal -morreu a 23 de Agosto de 1976 em Angola) foi um famoso soldado português que lutou na guerra contra a Frelimo.Embora não sendo militar, recebe das autoridades Portuguesas duas Cruzes de Guerra e uma medalha de serviços distintos pelos seus serviços prestados ao seu país.
 Foi para Moçambique em 1951. Aprende a conhecer o território como ninguém, em especial o Niassa, no Norte. Foi caçador profissional até 1962. Com a guerra, irá tornar-se, a partir de 1964, um lendário e temível comandante de um grupo de forças especiais de contra-guerrilha (30 homens da sua confiança), lutando contra a Frelimo, à margem das regras da guerra convencional. É conhecido como o diabo branco.

 Em Setembro de 1974,participou activamente na "revolta" em Lourenço Marques,e esteve na ocupação do Rádio Clube de Moçambique.  
Após a independência de Moçambique em 1975, alista-se no exército da África do Sul fazendo parte de um grupo de Operações Especiais. Notabiliza-se na Operação Savana, no sul de Angola, na luta contra o exército Angolano e os seus aliados Cubanos, em Dezembro de 1975. É o primeiro estrangeiro a receber a Cruz de Honra da África do Sul (a mais alta das condecorações militares). Acabaria por morrer numa emboscada no sul de Angola. Deixou uma viúva e seis filhos. 

OPERAÇÃO SAVANA

A sua acção neste combatefoi épica.A ele e a outros poucos Portuguses se deve a grande vitória na ponte 14 (Dezembro de 1975-no Rio Nhia)em que milhares de Cubanos e soldados do MPLA foram clamorosamente derrotados pelo Batalhão 32.Durante essa Batalha os Portugueses tiveram quateo mortos.Os Cubanos e MPLA prderam mais de 400 homens,embora  o número exacto seja difícil de determinar pois,como a BBC mais tarde informou,camions carregados de cadáveres estavam constantemente a sair da área em direcção ao Norte.Entre os Cubanos  mortos estava o comandante da força expedecionária daquele País,Comandante Raúl Diaz Arguelles,grande herói de Cuba de Fidel de Castro.E note-se sem a intervenção de meios aéreos,só com apoio da Artilharia.
Foi cronologicamente a última grande batalha em que soldados portugueses (no século XX) se bateram.


Daniel Roxo e os seus Homens
 Trata-se de uma batalha que nas nossas Academias Militares não é estudada (nem sequer conhecida), mas que pelas inovações tácticas e emprego de pequeníssimos grupos de comandos deu resultados bem inesperados (para os cubanos, é claro). No entanto esta batalha é estudada (e bem) nas academias russas, britânicas e estadunidenses (algumas).

Poucos meses depois o nosso Daniel Roxo morria em combate. Antes contudo tinha já recebido a maior condecoração sul africana (equivalente à nossa Torre e Espada). Só no primeiro reconhecimento abateu (sozinho) 11 inimigos a tiro.
Durante uma patrulha perto do rio Okavango, o seu Wolf (veículo anti minas semi blindado) rebentou uma mina e foi virado ao contrario, matando um homem e esmagando Roxo debaixo dele. O resto da tripulação tentou levantar o veiculo para o libertar mas era demasiado pesado. Breytenbach, (antigo comandante dos Búfalos, no seu livro (Eles vivem pela Espada - They Live by the Sword, pp. 105) escreveu:
Danny Roxo, mantendo-se com o seu carácter intrépido, decidiu tirar o melhor partido das coisas, acendendo um cigarro e fumando-o calmamente até que este acabou, e então morreu - ainda esmagado debaixo do Wolf. Ele não se tinha queixado uma única vez, não tinha dado um único gemido ou grito, apesar das dores de certeza serem enormes.
Assim morreu o Sargento Danny Roxo, um homem que se tinha tornado numa lenda nas Forças de Segurança Portuguesas em Moçambique, e que rapidamente se tinha tornado noutra lenda nas Forças Especiais Sul Africanas.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

" OPERAÇÃO NÓ GÓRDIO "

Kaúlza de Arriaga e Armindo Videira, comandante do COFI
A situação em Cabo Delgado,em finais de 1969,era de acentuada pressão sobre os aquartelamentos militares Portugueses,com a minagem dos itenerários e ataques às colunas tácticas e logísticas,tentandoFrelimo expandir as suas acções para Sul do Rio Messalo.Espalhava-se a ideia de que o planalto central era zona inacessível às tropas Portuguesas depois de,no final desse ano,unidades de Páraquedistas e Comandos não terem coseguido alcançar as grandes bases da guerrilha,Gungunhana e Moçambique.No primeiro trimestre de 1970,verificou-se a intensificação da guerra,com a Frelimos a ultrapassar o Rio Messalo,em direcção ao Lúrio,e a confirmação de acções em Tete/Cahora Bassa.A actividade da guerrilha aumentou mais de 40%,continuando a caber a maior percentagem ao emprego de minas.O contínuo agravamento da situação militar e a impossibilidade de aumentar o esforço de guerra,quer em efectivos Metropolitanos quer em material de combate,levaram o Gen.Kaúlza de Arriaga,ainda como Comandante do Exército,a intensificar a formação de unidades de recrutamento local,que utilizaria intensamente como Comandante-Chefe.Nos finais de 1969 ,foi formado o Batalhão de Comandos e formada a 1ª Companhia de Comandos de Moçambique.
O Tenente Adriano Biguane, em 1967, como 2º Sargento da 1ª C.do BCAÇ 16, esteve com a CCAÇ 1558 em Nova Coimbra no Niassa. Mais tarde já como Tenente Comandou naquela localidade o GE 101
Logo em Janeiro de 1970,a Região Militar anunciou a formação dos primeiros seis Grupos especiais de (GE) de milícias com o total de 550 homens.
Em Abril de 1970,foi referenciada a presença de Samora Machel em Cabo Delgado,para  apresentar os planos de uma grande ofensiva a executar em Junho e Julho.Esta visita fez aumentar a actividade militar da FRELIMO a nível nunca igualado.De facto,enquanto no segundo trimestre de 1969 o movimento realizou 154 acções,das quais 98 foram minas,no primeiro trmestre de 1970 essas acções subiram para 685 (646) e no segundo para 759 (652 minas).
Com este cenário em pano de fundo, o General Kaúlza de Arriaga, já como Comandante-Chafe
decide lançar a OPERAÇÃO NÓ GÓRDIO, atribuindo a sua execução ao Comando Operacional das Forças de Intervenção (COFI), criado em Novembro de 1969 para o emprego conjunto de forças do Exército, Marinha e Força Aérea em missões de grande envergadura, em situações de emergência e em operações especiais.
A preparação para a OPERAÇÃO NÓ GÓRDIO foi iniciada com a primeira experiência do COFI, em Maio de 1970, na condução de uma grande operação ao longo da picada MUEDA-MOCÍMBOA da PRAIA, envolvendo unidades de Comandos, pára-Quedistas e Fuzileiros, apoiados por por artilharia e aviação , a qual serviu de treino ao Estado-Maior do COFI e permitiu aliviar a pressão sobre um território fundamental para o apoio logístico à grande Operação que se preparava.
Entretanto desde a tomada de posse do General Kaúlza de Arriaga que o seu quartel general em NAMPULA trabalhava nos preparativos que iriam concretizar o seu conceito de manobra em acções de contra-guerrilha:executar operações de grande envergadura sobre objectivos materializados no terreno, com o máximo de forças. Para tal processou-se intensa acção de reparação e reunião de materiais, sobretudo artilharia e auto metralhadoras;  transferiram-se depósitos de munições, combustíveis e víveres para o NORTE; prolongou-se a pista de MUEDA , de modo a nela poderem operar aviões FIAT G 91, e a NANGOLOLO, para receber NORD-ATLAS de transporte; deslocaram-se efectivos do SUL para NORTE, incluindo algumas unidades em fim de comissão; receberam-se novos materiais, especialmente alguns detectores de minas e rádios; e preparou-se finalmente, um plano de acção psicológica destinado às populações e força portuguesas.
Reabastecimento das NT
O início da OPERAÇÃO NÓ GÓRDIO foi marcado para 1 de Julho de 1970, com a presença do General Comandante-Chefe e do seu Estado Maior em MUEDA ,prolongando-se até 6 de Agosto.Nela participaram  mais de 8000 homens, que representavam cerca de 40%
 dos efectivos das tropas de combate no território (22000), uma concentração que esgotou as reservas disponíveis, pois empenhou a totalidade das unidades de forças especiais, (Comandos, Pára Quedistas e Fuzileiros)  e o GRUPOS ESPECIAIS (GE) recém criados, mais a quase totalidade  de Artilharia de campanha,unidades de reconhecimento e de Engenharia.
O conceito da operação assentava num cerco e batida com grandes meios,prevendo o isolamento da área do núcleo central do planalto dosMACONDES,onde se encontravam as grandes bases GUNGUNHANA, MOÇAMBIQUE  e NAMPULA ,através dum cerco ao longo dos itenerários MUEDA-SAGAL-MUIDUMBE-NANGOLOLO-MITEDA-MUEDA, com a extensão de 140Kms e, após conseguido o isolamento da área, o assalto e destruição dos principais objectivos do núcleo central:
Objectivo A- Base de Arilharia Gungunhana
Objectivo B- Base Provincial Moçambique
Objectivo C- Base Nampula
A manobra seria apoiada no terreno com fogos de artilharia e de aviação, em acções de flagelação e de concentração sobre os objectivos.
MAPA DA OPERAÇÃO NÓ GÓRDIO
Para criar condições de aproximação a estes e actuar sobre eles, seriam organizados agrupamentos de forças para procederem à abertura simultânea de picadas em direcção ao objectivos "A" e "B", o mesmo sucedendo posteriormente para atingir o objectivo "C", e, por fim , previa-se manter o cerco e continuar a bater e eliminar todas as organizações referenciadas ou a referenciar.
As acções militares deveriam ser conjugados com intensa campanha de acção psicológica, para provocar a rendição e a desmoralização do inimigo.
Os agrupamentos de cerco seriam constituídos por unidades de caçadores e por unidades de reconhecimento, realizando as primeiras emboscadas em permanência, enquanto as segundas patrulhariam os itinerários.
Os agrupamentos de assalto disporiam de uma composição interarmas, do tipo task-force, incluindo unidades de forças especiais, forças regulares, de apoio  de fogos de artilharia e morteiros e de engenharia. A esta cabia papel de grande sacrifício e risco na abertura das picadas tácticas desde as estradas MUEDA - MITEDA e MITEDA-NANGOLO até à proximidade dos objectivos, onde seriam criadoas as bases de ataque para as forças de assalto.
A operação era concebida como manobra do tipo convencional , em que se pretendia alcançar com um ataque em força o que do antecedente não fora conseguido, empregando a surpresa.

Execução da Operação

Para cumprimento do plano foram constituídos sete argumentos:dois para o cerco (Norte e Sul) e quatro de intervenção,um para cada objectivo e um para reserva.
1-Julho- Início.Os agrupamentos de cerco começaram a sua instalação.Os agrupamentos de assalto A e B principiaram o movimento para o objectivo.

3-Julho-O agrupamento de assalto B(Paraquedistas)iniciou a progressãode Nangololo para o objectivo B-Base de Moçambique-,com o apoio da Engenharia na abertura da picada desde Capoca Até Gole.

4-Julho- O agrupamento de assalto A (Comandos) chegou à base de ataque,a 2 Kms do objectivo-Base Gungunhana
5-Julho-Realizou-se a primeira tentativa de assalto à base Gungunhana,que não se encontrava na localização prevista.
6-Julho- Foi localizada e assaltada a base Gungunhana,que fora abandonada recentemente.
Estava localizada na encosta de uma pequena colina, no interior de mata densa, ocupava uma área de 100x500 metros, dispunha de mais de 100 palhotas,era circundada por uma vala e tinha abrigos contra morteiros e ataque aéreos.
 Foi assaltada a Base Moçambique pelas forças Paraquedistas.Era constituída por cerca de 200 palhotas e encontrava-se abandonada há cerca de 2 meses.

12-Julho- O agrupamento de assalto C (Fuzileiros) iniciou o deslocamento de Mueda para o objectivo C- Base Nampula.

15-Julho- Foi atingido o objectivo C.a base de Nampula era constituida por cerca de 50 palhotas e encontrava-se abandonada há cerca de 2 meses.

16 de Julho a 6 deAgosto-Realizaram-se acções de permanência.
Após os ataques ao objectivo "A"-"B" e "C", foram organizadas bases temporárias nas suas proximidades e atribuídas áreas de responsabilidade aos agrupamentos de ataque, com a finalidade de eliminar da zona as unidades de guerrilha ainda activas.
As forças de cerco mantiveram-se em posição até 2 de Agosto, realizando emboscadas e implantando armadilhas, para completar e melhorar a manobra.
Em coordenação com as acções militares foram realizadas operações psicológicas com a finalidade de separar as populações dos guerrilheiros, desmoralizar os combatentes e fomentar as apresentações, considerando-se que a FRELIMO controlava cerca de 60.000 pessoas na zona do planalto.
Para esse efeito, foi instalada em MUEDA uma secção de acção psicológica, constituídas equipas de recepção de refugiados em SAGAL, DIACA, MITEDA e MUIDUMBE e equipas de acção psicossocial em MUEDA e SAGAL. Também as autoridades administrativas receberam instruções para armanezar reservas de víveres, a fim de fazerem face às necessidades imediatas de apresentados e capturados.


A Frelimo,apesar da Operação Nó Górdio,não foi impedida de actuar em qualquer dos teatros de operações.A sua actividade no terceiro trimestre de 1970 provocou as seguintes baixas e destruição à forças Portuguesas,nas zonas não abrangidas pela Operação. NIASSA: 17 Mortos,77 Feridos graves e 14 viaturas destruídas
CABO DELGADO: 25 Mortos, 70 Feridos graves e 33 viaturas destruídas 
TETE : 51 Mortos, 192 Feridos graves e 60 viaturas destruídas. ;







quinta-feira, 20 de junho de 2013

COMBATENTES DO BCAÇ 1891---HERÓIS DE PORTUGAL

                     FERNANDO MARQUES DE OLIVEIRA

Alferes Milº Infª da CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891

CRUZ DE GUERRA de 2ª Classe


Cruz de Guerra de 2ª Classe




















Sua Excª o General Comandante Chefe das Forças Armadas de Moçambiique, por proposta de Comando da Região Militar  de Moçambique, louvou o Alferes Miliciano de Infantaria Fernando Marques de Oliveira da Companhia de Caçadores 1560 do Batallhão de caçadores 1891, pela serenidade, heroísmo, sangue frio e espirito de sacrifício , frente ao Inimigo e debaixo de fogo que sempre mostrou possuir nas muitas acções de combate levados a cabo pela CCAÇ 1560 e nas quais tomou parte, poucas tendo sido aquelas a que não foi. 
Em todas elas se portou com extraordinária bravura sendo de destacar
no entanto a sua actuação no Operação"Quatro Camaradas",por,ao ser atacado por numeroso grupo inimigo,bem armado e moralizado,ter carregado à frente à frente do seu grupo de combate sobre o referido grupo,tendo-o posto em debandada.
Ao lançar-se na perseguição do mesmo grupo,deparou com outro ainda maior,instalado em posições dominantes,donde começaram a alvejar o seu grupo de combate com intenso fogo de armas automaticas,morteiros e lança granadas foguete,bem como o outro grupo de combate que entretanto se lhe havia juntado no flanco esquerdo.Ao receber a ordem para assaltar as posições deste último grupo inimigo,foi o primeiro a lançar-se para a frente,apesar de haver cerca de 800 metros de terreno plano,descoberto e batido pelo inimigo,a percorrer até chegar às referidas posições.
Graças ao seu exemplo,os seus homens seguiram-no,conseguindo,com o seu grupo de combate,desalojar o grupo inimigo ao fim de hora e meia de violento combate.De notar que,já próximo das posições inimigas,o seu grupo de combate teve de percorrer com lama pelo peito cerca de 100 metros de terreno pantanoso.Mesmo assim,e apesar de ser o ponto mais crítico da progressão e totalmente coberto pelo fogo inimigo,foi o primeiro a lançar-se para lá e a progredir,muito contribuindo para o êxito do assalto,dado que o inimigo contava ter ali uma barreira intransponível e acabou por por-se em fuga ao ver o denodo e coragem com que o grupo de combate do Alferes Oliveira,com este à frente,bordou e ultrapassou aquele obstáculo.

ANTÓNIO AUGUSTO DA COSTA CAMPINAS


Capitão Milº de Infª da CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891
CRUZ DE GUERRA DE 3ª CLASSE
Cruz de Guerra de 3ª classe
Capitão António Campinas




















Louvado o Capitão Graduado,Miliciano de Infantaria,António Augusto
da Costa Campinas,da CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891,pela maneira altamente meritória como tem comandado a sua Companhia.
            Oficial excepcional dotado para a campanha,conseguiu,com o seu exemplo constante e espírito de missão,constituir com os seus subordinados um conjunto que,nas inúmeras acções em que vem tomando parte,tem demonstrado coesão,determinação e vontade firme de vencer. 
Comandando a quase totalidade das acções realizadas pela sua Companhia,demonstrou sempre,em situações difíceis,coragem,decisão,sangue frio e serena energia debaixo de fogo,qualidades estas muito notoriamente demonstradas na operação "Careca"em que,quando um inimigo sobre ele disparou um tiro,seguido de duas rajadas,apenas a um metro de distancia,
revelou com a sua reacção,em tempo fora do vulgar,um controlo absoluto de nervos,pois que disparou a sua arma e arremessou uma granada de mão para dentro da palhota onde o inimigo se alojava e entrou imediatamente a seguir,eliminar,a tiro,o terrorista que,ferido,procurava ainda alveja-lo com a sua arma.
          Pelas qualidades antes referidas e sobejamente demonstradas no seu comportamento em campanha,o Capitão Campinas cotou-se como um militar de escola que honra a sua Unidade e o Exército Português.



ANTÓNIO MARIA NOBRE

Soldado nº 1678065 da C. CAÇ 1560 do B. CAÇ 1891
   CRUZ DE GUERRA DE GUERRA DE 1ª CLASSE



Cruz de Guerra 1ª Classe




















 LOUVOR

Pelas brilhantes actuações nas Operações "Quatro Camaradas" e  "Sobe Sobe"; na primeira pela extraordinária bravura,espírito de sacrifício e de missão demonstrados durante o violento combate de cerca de hora e meia travado contra numeroso e bem armado grupo inimigo.sempre ao lado do seu Comandante de Pelotão  Alferes Oliveira,como apontador de Lança Granada Foguete       expondo-se constantemente ao fogo adverso a fim de poder fazer fogo eficazmente com a sua arma,contribuiu decisivamente para o bom êxito do assalto levado a cabo pelas nossas tropas.Neste combate mostrou absoluto sangue frio,heroísmo e desprezo pelo perigo,sempre debaixo de fogo inimigo.
Na Operação "Sobe Sobe"em que apesar de gravemente ferido no início do assalto a uma base inimiga,continuou a fazer fogo com o seu LGF   apoiando assim eficazmente a progressão das nossas tropas e ajudando posteriormente os seus outros camaradas feridos e incutindo-lhes todo o ânimo que lhe foi possível dar até à chegada do helicóptero que os evacuou;loo que voltou do hospital embora ainda mal restabelecido dos graves ferimentos que recebera,ofereceu-se como voluntário para as operações em curso,o que lhe foi recusado.

ANTÓNIO MARIA NOBRE

Soldado de Infantaria,nº1678065 da CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891
CRUZ DE GUERRA DE 3ª CLASSE
Cruz de Guerra de 3ª Classe
 
António Nobre
Louvo o soldado António Maria Nobre,da
 da CCAÇ 1560,em reforço no sector"E" por,no dia 16 de Outubro de 1966,no decorrer da operação "ou vai ou racha",em que a sua companhia tomou parte e em que actuava como apontador de lança-granadas foguete,depois de atingido por um estilhaço numa coxa debaixo de intenso fogo inimigo que varria a área onde se encontrava,ter carregado e disparado sozinho por quatro vezes o seu LGF sobre a principal posição inimiga silenciando-a,o que em conjugação com o fogo do morteiro,acabou por neutralizar uma emboscada inimiga.
Apesar de ser ele o ferido mais grave pediu só para ser socorrido em último lugar,tendo feito voluntariamente a pé o percurso de vários Quilómetros até ao local onde se encontravam as viaturas,para que o seu comandante de Secção,também ferido,pudesse utilizar a única maca então disponível. 
 Este soldado mostrou assim,com o seu comportamento,possuir qualidades de coragem em combate,sangue frio,serena determinação e energia debaixo de fogo,espírito de sacrifício e elevada moral frente ao inimigo,qualidade que fez dele um exemplo a seguir.

 LUÍS ANTÓNIO ANDRADE AMBAR           

Alferes de Cavalaria da CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891
 CRUZ DE GUERRA DE 1ª CLASSE A TÍTULO PÓSTUMO


Cruz de Guerra de 1ª Classe
Alferes Luís Ambar

























 LOUVOR:
Proponho que seja louvado a título póstumo,pela sua extraordinária coragem,abnegação e espírito de sacrifício frente ao inimigo e debaixo de fogo amplamente  demonstrados nas numerosas acções de combate
 em que tomou parte.
Dessas destacam-se as suas actuações na Operação"4 camaradas em que,ao receber ordem para assaltar com o seu Grupo de Combate,em ataque frontal,as posições dominantes donde numeroso grupo inimigo varria as nossas tropas com intenso fogo de armas automáticas,morteiros e Lança Granadas Foguete,foi o primeiro a lançar-se imediatamente para a frente,apesar de haver cerca de 800 metros terreno ,plano,descoberto e batido por fogo inimigo.A sua actuação galvanizou de tal forma os seus homens que estes não hesitaram em segui-lo,conseguindo juntamente com outro Grupo de Combate que actuava no seu flanco direito desalojou o inimigo ao fim de hora e meia de violento combate. De realçar também a sua actuação na Operação"Sobe-Sobe" em que,ao preparar-se para executar um golpe de mão a uma base inimiga,e havendo sido detectado já sobre a base,não hesitou em dar a ordem de assalto mais cedo do que fora previsto,a fim de evitar que o grupo inimigo se pusesse em fuga.Ao dar esta ordem de assalto,fê-lo com plena consciência do grave perigo que se corria devido a ainda não haver qualquer visibilidade;no entanto não hesitou em correr este perigo sendo ele o primeiro a lançar-se ao assalto à frente dos seus homens,o que acabou por lhe vir a custar a vida por ter sido atingido pelo fogo inimigo.Assim o ALFERES AMBAR,com o seu heroísmo e total espírito de missão e sacrifício acabou por dar, conscientemente,a sua VIDA PELA PÁTRIA.

RAMIRO PAIVA DOS SANTOS

 Soldado nº 8212365 da CAÇ 1560 do BCAÇ 1891
CRUZ DE GUERRA DE 1ª CLASSE


Cruz de Guerra de 1ª Classe








Transcrição  do louvor que originou a condecoração
(Por portaria de 30 de Julho de 1968 publicada na OE nº 23)

Manda o Governo da República Portuguesa,pelo Ministro do Exército,louvar o soldado nº 8212365,RAMIRO PAIVA DOS SANTOS,da CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891,pela sua brilhante e invulgar acção em todas as inúmeras acções de combate em que já tomou parte.  Apontador de Lança Granadas Foguete,de tal maneira se tem notabilizado,graças ao seu arrojo,sangue frio,espírito de sacrifício,coragem,
total desprezo pelo perigo e precisão dos seus disparos,que tem tido papel relevante no bom êxito de muitas operações levadas a cabo pelo seu grupo de combate e pela própria Companhia de Caçadores 1560,facto justamente reconhecido por todos os seus camaradas e superiores. 
Numa operação já perto de uma base inimiga,ao tomar posição para fazer o disparo,foi localizado por um sentinela,no flanco esquerdo e a poucos metros,que o alvejou com vários tiros.Sem sequer virar a cabeça,disparou primeiro o seu lança granada foguete sobre a base,permitindo assim a carga das nossas tropas,depois carregou sózinho,sobre a dita sentinela,que fugiu,abandonando a arma,que ela próprio capturou.
 Na operação "Segunda Vez"debaixo de intenso fogo inimigo,
conseguiu capturar pessoalmente duas pistolas metralhadoras,depois de haver ferido,com um dos seu disparos,os elementos inimigos que as empunhavam.
Na operação "Careca",em que o seu grupo de combate foi violentamente emboscado por um grupo inimigo,a cerca de 10 metros,pondo-se de joelhos num terreno praticamente descoberto,debaixo de intenso fogo adverso e com total desprezo pela vida,conseguiu com os seus disparos,reduzir o fogo adverso, tendo saído ligeiramente ferido.
  Na operação"Quatro Camaradas"e sem para que tal tivesse sido designado,tomou parte,voluntariamente,na primeira linha que assaltou as posições inimigas debaixo de fogo.  Finalmente na Operação "Alferes Ambar",destacou-se mais uma vez, pelo
 sangue-frio e coragem demonstrados na captura do chefe da base LICONHIR,o qual se encontrava armado e disparou sobre o soldado Paiva,o que não obstou a que ele corresse sobre o dito chefe e o obrigasse a largar a arma,capturando-o em seguida.  Disciplinado e possuidor,em elevado grau,de espírito de iniciativa
e argúcia e faculdades de orientação,a par de um grande aprumo e correcção,é o SOLDADO PAIVA bem digno de ser apontado como extraordinário exemplo de da consideração e estima de todos os componentes da C. CAÇ 1560,que se sentem muito honrados por terem consigo tal elemento,que tanto prestigia a sua Unidade     e o Exército Português.


Na foto da reprodução do Jornal de Notícias, a legenda está errada
Deveria estar:
Soldado Ramiro Paiva Santos e 
Furriel Miliciano José Cardoso Reis



JOSÉ CARDOSO DOS REIS

Furriel Miliciano de Infantaria
 CRUZ DE GUERRA DE 3ª CLASSE   


Retirado do Jornal do Exército de 1971

Louvado o Furriel Miliciano de Infantaria,José Cardoso Reis,da CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891,do RI 16,pelas invulgares qualidades de comando,coragem,sangue frio,lucidez e espírito de sacrifício debaixo de fogo,
 amplamente demonstradas nas inúmeras acções de combate em que tomou parte-nomeadamente na Operação"Quatro Camaradas"em que voluntariamente
,se lançou com a sua Secção na primeira linha das nossas tropas,ao assalto das fortemente defendidas posições inimigas,embora tal lhe não competisse,tendo-se havido com extraordinária bravura.Com sério risco da própria vida debaixo de intenso fogo inimigo,que varria toda a zona descoberta que teve de atravessar,tomou ainda parte na exploração do sucesso sendo voluntariamente o último a regressar às posições de emboscada,depois de cobrir a retirada dos seus camaradas.
Na operação "Sobe Sobe",em que comandou uma das equipas de assalto,atacou com a sua equipa,a peito descoberto,e debaixo de fogo inimigo,com sério risco da própria vida,uma posição inimiga onde se encontravam 2 LGF,tomando-o de assalto e pondo os elementos que a guarneciam em debandada,apesar de já ter visto o Comandante do seu Grupo de Combate cair mortalmente atingido.
Este Furriel é  justamente considerado o melhor da CCAÇ 1560 e é ainda possuidor ,em elevado grau,de um espírito de missão ,lealdade,camaradagem e disciplina que muito justamente são de realçar.


                                    



JOSÉ MANUEL GOMES DE JESUS

Furriel Miliciano de Infantaria
CRUZ DE GUERRA DE 4ª CLASSE
FURRIEL MILº JOSÉ GOMES JESUS




















Que,por despacho de 6 de Março de 1968,louvo o Furriel Miliciano nº 2330164,José Manuel Gomes de Jesus,CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891,pelas invulgares qualidades de heroísmo,dedicação e espírito de sacrifício reveladas nas numerosas acções de combate em que tem tomado parte,quase sempre debaixo de fogo inimigo.
São de realçar as suas actuações em diferentes operações numa das quais,tendo o seu grupo de combate sido violentamente emboscado por um numeroso e bem armado grupo inimigo conseguiu,mercê de total desprezo pelo perigo e de absoluto sangue frio ,carregar sobre a emboscada inimiga,conseguindo neutralizar o seu fogo e pôr os elementos adversos em debandada.
De destacar ainda,a sua actuação na operação "Quatro Camaradas" em que,
comandando uma Secção do seu Grupo de Combate que permanecia em reserva,quis voluntariamente tomar parte no assalto às posições inimigas, assalto esse feito debaixo de violento fogo inimigo e com sério risco da própria vida,apoiando os seus camaradas da linha da frente,tendo-se havido com extraordinária bravura e espírito de iniciativa e comando na condução dos seus homens.

                            


                                  MÁRIO DA COSTA OLIVEIRA
                                 
Furriel Miliciano de Infantaria
CRUZ DE GUERRA DE 4ª CLASSE


Mario Oliveira
Cruz de Guerra 4ª Classe















Que,por despacho de 6 de Março de 1968,louvou o Furriel Miliciano nº
2730465,Mário da Costa Oliveira,da CAÇ 1560 do BCAÇ 1891,pelo heroísmo voluntariedade e espírito de sacrifício cabalmente demonstrados frente ao inimigo,e debaixo de fogo durante o decorrer da Operação "Quatro Camaradas".
Debaixo de intenso fogo inimigo,ao ver o seu Comandante do Grupo de Combate lançar-se para a frente,ao assalto das posições inimigas,não hesitou em segui-lo levando no seu encalço a sua equipa de cinco homens e todo o resto do Grupo de Combate,com sério risco da própria vida,incitando-os e dando-lhes um constante exemplo de heroicidade,espírito de missão e sacrifício,ao expor-se constantemente ao fogo inimigo, a fim de poder comandar eficazmente os seus homens e incutir-lhes coragem, ânimo durante
o violento combate de hora e meia que se travou até desalojar o grupo inimigo das suas posições.Após isto fez voluntariamente a exploração do sucesso apenas com a sue equipa e com o Comandante do Grupo de Combate,embora consciente do grave risco que corriam devido à proximidade dos muitos elementos inimigos que certamente por ali ainda permaneciam.





                     MANUEL ALCIDES PEREIRA FRANCISCO
                                        
  Soldado Maqueiro
CRUZ DE GUERRA DE 4ª CLASSE


Cruz de Guerra de 4ª Classe



























Que,por seu despacho de 6 de Junho de 1968,louvou o Soldado nº01014965,
Manuel Alcides Pereira Francisco da CCAÇ 1560 do BCAÇ 1891,pelo brilhante exemplo de coragem,abnegação e espírito de sacrifício que deu provas no decorrer da operação "Sobe Sobe",em que debaixo de fogo inimigo andou socorrendo camaradas seus gravemente atingidos tendo-lhe esta atitude valido o ter também sido ferido gravemente quando se deslocava a prestar assistência a um deles,apesar de gravemente ferido com um estilhaço de granada junto do coração manteve uma coragem e lucidez extraordinárias continuando a orientar os socorros aos restantes camaradas feridos,ministrados por alguns elementos
da CCAÇ 1560 com rudimentos de primeiros socorros,procurando incutir ânimo e calma em todos os seus camaradas.De salientar que esta praça já se havia distinguido em várias outras Operações a da CCAÇ 1560 de baixo de fogo inimigo quer como combatente de primeira linha quer como elemento do Serviço de Saúde.Também teve comportamento heróico a 28 de Fevereiro do corrente ano quando do rebentamento de 2 engenhos explosivos colocados pelo inimigo e provocados por duas viaturas da CCAÇ 1560,comportamento este que lhe ocasionou ser gravemente ferido.

  
                 



                         Carlos Alberto da Silva Morais
                                                    
Soldado de Infantaria
Medalha de Mérito de 4ª Classe a Título Póstumo















S.Exª o Comandante da Região Militar de Moçambique concedeu o seguinte louvor.

Louvo o Soldado Atirador,Carlos Alberto da Silva Morais,porque no dia 28 de Fevereiro de 1967,quando do rebentamento de um engenho explosivo,na viatura em que seguia,ter tentado,por todos os meios,socorrer um seu camarada,condutor da mesma viatura,que havia ficado preso pelos pés à mesma quando esta se incendiou,atitude  que lhe causou graves ferimentos que acabou por ocasiona a morte no H.M. 125.Este Militar desde sempre se havia distinguido pelo seu aprumo disciplinar e bravura em combate,em todas as operações que actuou,sendo nelas sempre voluntário para as mais difíceis e perigosas missões.Tal militar que pela sua Pátria deu conscientemente a sua vida é bem digno de ser por nós olhado com todo o respeito e gratidão,muito honrando o Exército Português.
(Artº 3º da O.S. nº 81 de 11 de Outubro de 1967,da Região Militar de Moçambique).

 COMBATENTES DO BCAÇ 1891,GALARDOADOS COM O PRÉMIO "GOVERNADOR GERAL DE MOÇAMBIQUE"


João Espírito Santo





















Soldado Manuel Alcides Pereira Francisco CCS
Fur.Milº António Maia Rocha, CCAÇ 1560
1º Cabo João Espírito Santos Santo, CCAÇ 1560
1º Cabo Joaquim de Morais Ribeiro Dias, CCAÇ 1560
Soldado António Maria Nobre, CCAÇ 1560
Soldado Arnaldo Ferreira Dantas, CCAÇ 1560
Soldado Manuel Rodrigues Ventura da Silva, CCAÇ 1560