TERRAS MÍTICAS NA GUERRA DO ULTRAMAR EM MOÇAMBIQUE NO DISTRITO DO NIASSA
A DISTANCIA ENTRE ELAS ERA DE SENSIVELMENTE DE 40 KMS.
FOI LÁ QUE MORRERAM EM COMBATE VÁRIAS DEZENAS DE JOVENS SOLDADOS PORTUGUESES.
FOI LÁ QUE O CAP. CAÇORINO DIAS DA CCAV. 754 FICOU CEGO
FOI LÁ QUE O CAP. DUARTE PAMPLONA DA CCAV. 1505 FICOU AMPUTADO DAS DUAS PERNAS.
FOI LÁ QUE O CAP. HORÁCIO VALENTE DA 4ª CCMDS MORREU EM COMBATE.
FOI LÁ QUE O TEN. CARVALHO ARAÚJO DA CCS do BCAÇ 598 MORREU EM COMBATE
Companhia Cavalaria 568 do Batalhão de Cavalaria 571
Comandada pelo Capitão de Cavalaria José Miguel de Cabedo e Vasconcelos, desembarcou na Beira, a 27 de Outubro de 1963, sendo retirada temporariamente ao BCAV 571.
Em Janeiro de 1965, aquartelou em Congerenge, sob o comando do BCAÇ 598.
Em Agosto de 1965, transferida para Nova Coimbra, manteve a subordinação operacional àquele batalhão, que em Setembro de 1965, deslocado de Vila Cabral para Metangula assumira a responsabilidade de novo subsector (criado à custa da divisão do subsector de Vila Cabral). Destacou um pelotão para Mandimba. Efectuou patrulhamentos e nomadizações nas regiões de Messumba, Massange, Mechequene, Tandamula e Liponda. Participou em várias operações, designadamente: "Tilapa" nas margens do rio Mepotxe e "Campango", na região de Ambuzi-- N`Dalala.
Em Novembro de 1965, regressou ao Ile-Errêgo na Zambézia.
A 22 de Outubro de 1965, morreu em combate na Missão Católica de Nova Coimbra Humberto Galvão Bacelar 1º Cabo Cripto da CCAV. 568
Comandada pelo Capitão de Cavalaria José Miguel de Cabedo e Vasconcelos, desembarcou na Beira, a 27 de Outubro de 1963, sendo retirada temporariamente ao BCAV 571.
Em Janeiro de 1965, aquartelou em Congerenge, sob o comando do BCAÇ 598.
Em Agosto de 1965, transferida para Nova Coimbra, manteve a subordinação operacional àquele batalhão, que em Setembro de 1965, deslocado de Vila Cabral para Metangula assumira a responsabilidade de novo subsector (criado à custa da divisão do subsector de Vila Cabral). Destacou um pelotão para Mandimba. Efectuou patrulhamentos e nomadizações nas regiões de Messumba, Massange, Mechequene, Tandamula e Liponda. Participou em várias operações, designadamente: "Tilapa" nas margens do rio Mepotxe e "Campango", na região de Ambuzi-- N`Dalala.
Em Novembro de 1965, regressou ao Ile-Errêgo na Zambézia.
CCS do Batalhão de Caçadores 598
Por: Eduardo Nunes
Comandada pelo Tenente Coronel de Infantaria, Joaquim Correia Ventura Lopes, embarcou com destino a Moçambique a 10 de Outubro de 1963.
Em Novembro de de 1963 a ZA do Batalhão compreendia todo o Distrito do Niassa, dependendo operacionalmente dele, além da CCS, 5 companhias operacionais que estendiam a sua acção através das Administrações de MECULA, MARRUPA, MAÚA, NOVA FREIXO, MANDIMBA, MECANHELAS, VILA CABRAL, MACALOGE, VALADIM, MANIAMBA, METANGULA, CÓBUÉ, e OLIVENÇA.
Nos primeiros meses da nossa estadia naquele Distrito efectuaram-se vários reconhecimentos e patrulhamentos, para o conhecimento do terreno da sua ZA, e contactar os núcleos populacionais existentes.
O ambiente nesta ZA, foi-se tornando cada vez menos favorável até que em 26 de Setembro de 1964 se registou o primeiro ataque, por elementos armados, em CÓBUÉ sobre a lancha da Marinha ali ancorada.
Face a este acontecimento, e outros rumores que se ouviam. Resolveu o Comandante do Batalhão, pôr em prática um conjunto de medidas, que pudessem enfrentar o inimigo em futuros ataques às nossas tropas estacionadas na ZA.
Algures entre Nova Coimbra e Maniamba. Posto de abastecimento auto. |
A 23 de Novembro de 1964, em pleno exercício, aconteceu o que ninguém esperava.Na ZA triangular entre NOVA COIMBRA- METANGULA- MANIAMBA ocorreu um brutal acidente de viação com o capotamento de um Unimog, causando a morte imediata a um militar, conforme imagem em baixo.
Picada Nova Coimbra- Metangula Mais um acidente, mais um morto |
Acampamento no LUNHO
Ano de 1965, em Janeiro. De VILA CABRAL se deslocou, o Pelotão de Sapadores, foi o primeiro, que no rio LUNHO acampou. Junto da velha ponte que já existia, com tendas de campanha, seu quartel montou. Durante três meses muito choveu. Foi o tempo que lá ficou. Camas não haviam, para se dormir. Do capim se fez colchão. Dores no corpo fazia sentir, da dureza daquele chão. Para a ponte continuar a reconstruir, era essa a nossa missão. Sem ferramentas , e o tempo não o permitir. Para o não fazer tinha-mos razão.
A "velha" ponte do rio LUNHO |
31 de Maio de 1965. Na tarde triste daquele dia sangrento.O pessoal operacional, do BCAÇ 598,do qual eu fazia parte, encontrava-se estacionado em NOVA COIMBRA. Foi-nos solicitado para socorrer um pelotão da CCAV 754 (SETE DE ESPADAS), que acompanhava o Comandante do referido Batalhão, durante uma visita que efectuava à CCART 637 que estava acampada em Miandica
Hora do Rancho em Miandica |
Socorrido de imediato para a Base da Marinha em METANGULA, onde chegou sem vida.
Eu e o restante pessoal seguimos para o local da emboscada, onde encontrámos seis mortos, cujos corpos estavam desfeitos em pedaços por todo o lado, Horror, todos pertenciam à martirizada CCAV 754.
A referida companhia já estava nessa data acampada em NOVA COIMBRA, onde continuou até Fevereiro de 1966, data em que a CCS do BCAÇ 598 foi rendido em METANGULA.
A 31 de Maio de 1965, morreu em combate um militar da CCS do BCAÇ 598
A ....... de Junho de 1965 morreu em combate o Tenente Carvalho Araújo da CCS do BCAÇ 598
COMPANHIA DE CAÇADORES 612
Comandada pelo Capitão de Infantaria Luís Augusto Tavares Soares da Cunha, desembarcou em 21 de Janeiro de 1964. Colocada em Vila Cabral, sob o comando operacional do BCAÇ 598,ali sedeado. De Julho de 1964 a Fevereiro de 1965, guarneceu Mandimba com uma secção. A actividade operacional da companhia, consistia em treino operacional e contacto com a população em acção educativa e medicamentosa.
Ocorrendo em 26 de Setembro de 1964, a primeira acção da FRELIMO, na região do Lago Niassa, com o ataque aos postos administrativos de Metangula e Cóbué, passou a efectuar patrulhamentos naquelas zonas. Em dezembro de 1964, destacou uma secção para Olivença, onde decorrido pouco tempo, devidoao agravamento da situação, passou para efectivo pelotão; substituído em finais de Outubro de 1965 pela CCAÇ 73. Reforçada com um pelotão de Fuzileiros, intensificou a actividade operacional nas zonas de Cóbué, Chitege, N`Gombe, Lipotxe e Olivença, resultando a destruição de três acampamentos em Chitege e Mapunda e a recuperação de cerca de 200 pessoas que se encontravam refugiadas nas matas. Tomou parte na operação "Jacaré Filho" na região de Chigoma junto ao Lago Niassa.
A partir de Setembro de 1965, ficou sob o comando do BCaç EV 7, que rendeu o BCAÇ 598, transferido para Metangula, onde assumiu a responsabilidade de novo subsector, criado na região do Lago Niassa.
COMPANHIA DE ARTILHARIA 637
Por: Faria Barbosa
2º Sargento da CART 637
A CART 637 do BART 639, comandada pelo Capitão de Artilharia Luis António Themudo Gagliardini, embarcou em Lisboa no navio "Niassa"em 1 de Abril de 1964, onde desfilou conjuntamente com as restantes unidades do Batalhão.
De imediato seguiu para NACALA onde desembarcou a 26 de Abril de 1964, seguindo por via terrestre para MAÚA, onde ficou aquartelada nas instalações de uma antiga fábrica de descasque de algodão.
Desfile em Lourenço Marques |
Em 12 de Janeiro de 1965 destaca 2 Grupos de Combate para reforçar a CCS do BCAÇ 598 instalada em VILA CABRAL. Estes Grupos de Combate exerceram actividade operacional nas zonas de MANIAMBA, CÓBUÉ, OLIVENÇA, MATACA e LIPOTXE.
Regressaram a MAÚA em 31 de Janeiro.
A 16 de Fevereiro de 1965 a CART 637 vai, na sua máxima força reforçar a CCS do BCAÇ 598na região de MANDIMBA, onde se previam acções de Grupos IN vindos do MALAWI.
Regressa a 1 de Março 1965.
Em 19 de Fevereiro de 1965 a CART 637 destaca para VILA CABRAL, em reforço da CCS do BCAÇ 598, e vai de imediato nomadizar na zona de NOVA COIMBRA, MIANDICA, montando um acampamento (base) em MESSUMBA a partir do qual fez vária operações.
Acampamento em Messumba |
Em 14 de Junho 1965, quando um Grupo de Combate se desloca do acampamento para MIANDICA, foi accionada uma mina, seguida de emboscada, onde morreu o soldado JOSÉ de ARAÚJO SENDÃO. Foi a primeira mina detectada em território de Moçambique e o primeiro militar da CART 637 caído em combate. No mesmo local, a poucos metros, foi localizada um segunda mina que foi levantada com êxito pelo 2º Sargento Faria Barbosa. Foi também a primeira mina levantada em Moçambique.
A primeira mina levantada em Moçambique |
A CART 637 manteve-se acampada neste acampamento de ABILO até Julho de 1965, tendo realizado várias operações com e sem contacto com o inimigo.
Nesta data a CART 637 desactiva o acampamento (base), monta algumas armadilhas no local e inicia a viagem de regresso a VILA CABRAL, beneficiando do apoio aéreo a partir do rio LUNHO. Chegou a VILA CABRAL a 17.
Manteve-se em VILA CABRAL até 6 de Agosto de 1965, fazendo escoltas a diversas colunas de reabastecimento, lanchas de "fusos" e outras operações em colaboração com as autoridades administrativas.
Missa campal no Lunho |
Daqui parte para diversas operações, tendo uma delas, na região de COLOMA, sofrido uma emboscada, com forte poder de fogo do inimigo de que resultaram 2 mortos-Furriel ANTÓNIO MARQUES CARNEIRO e o soldado AMÍLCAR GONÇALVES da COSTA RAMOS (o ALGARVE). O IN teve 11 mortes confirmados e, segundo notícias posteriores, cerca de 15 feridos.
A CART 637 manteve-se em MANIAMBA até 13 de Novembro de 1965 realizando operações de combate, escoltas e outras, nas zonas de MEPONDA, COLOMA, RIO MESSINGUE, PAGAGE e na célebre zona do caracol na picada MANIAMBA-METANGULA.
Em 13 de Novembro de 1965 a CART 637 regressa a MAÚA terminando assim a sua actuação na zona de VILA CABRAL. Entretanto as actividades do IN na zona de MAÚA haviam-se intensificados e a CART 637 foi chamada a executar várias operações de combate nas regiões de REVIA, RIO NECOLEZE, MUOCO, MECULA, NIPEPE e em algumas fazendas, tendo sofrido mais um morto o soldado CARLOS ALBERTO (o LAMEGO), que tombou em combate em NECOLEZE no dia 5 de Abril de 1966.
Em 10 de Outubro de 1966 a CART 637 regressa finalmente à Metrópole, depois de 2 anos, 5meses e 14 dias passados em zonas de combate, deixando em cemitérios de Moçambique (VILA CABRAL e MISSÃO de MAÚA) quatro dos seus militares mortos em combate, naquela guerra que não quiseram mas a que não se furtaram.
A CART 637 muito apropriadamente, adoptou uma divisa do seu distintivo: OS PRIMEIROS NA GUERRA DO NIASSA pois, juntamente com outras unidades, enfrentou os primeiros ataques inimigos em território de Moçambique.
A PÁTRIA HONRARAM QUE AS PÁTRIA OS CONTEMPLE
A 14 de Junho de 1965, morreu em combate um militar da CART. 637
COMPANHIA DE CAÇADORES 695
Comandada pelo Capitão de Infantaria, António Jacques F. Castelo Branco Ferreira, desembarcou em Moçambique em 2 de Agosto de 1964.
Em Outubro de 1965, foi transferida para Nova Coimbra, onde rendeu a CCAV 568. Sob o comando operacional do BCAÇ 598, que assumira em Setembro de 1965 a responsabilidade de novo subsector com sede em Metangula, desenvolveu intensa actividade operacional, resultando a destruição de muitos acampamentos, apreensão de material de guerra e documentos e reparação de milhares de elementos da população, que se encontrava refugiada nas matas. Participou em várias operações, nomeadamente: "Falas Mansas", e "Açor" (Messumba" e "Morcego" ( Namatumba).
Foi rendida pela CCAV 1506 em Fevereiro de 1966, montou base em Muembe no Niassa.
Regressou a Portugal em 6 de Dezembro de 1966.
E
COMPANHIA DE CAVALARIA 754
"SETE de ESPADAS"
Por: José Carlos Sousa Jorge
furriel Miliciano da CCAV 754
A CCAV 754, comandada pelo Capitão de Cavalaria José Pedro Simões Caçorino Dias
embarcou em Lisboa com destino a Moçambique, a 5 de Janeiro de 1965 e chegou a VILA CABRAL a 28 do mesmo mês, onde foi integrada no BCAÇ 598. A "SETE DE ESPADAS", percorreu praticamente todo o NIASSA Ocidental designadamente: NOVA COIMBRA- LUNHO- MADAMBÚZI- MIANDICA- CÓBUÉ- SONJA e LIPOTXE.
Pescaria no Rio Lunho |
Balanço Operacional
À entrada do LUNHO a caminho do nosso acampamento em NOVA COIMBRA, faltavam duas horas para terminar mais uma operação de quatro dias. Quando a Companhia vinha em marcha apeada soa um grande rebentamento. Sabendo-se de antemão que um de nós tinha pisado uma mina. Infelizmente, assim tinha sido o nosso querido camarada "ROCHINHA" tinha pisado uma mina.
Saber que não escaparia com vida e mostrar uma coragem que só está ao alcance de grandes homens, marcou-nos com o seu exemplo e serviu-nos para enfrentarmos as dificuldades das vicissitudes da guerra que tínhamos de travar.
"ROCHITA" FICASTE PARA SEMPRE NO NOSSO CORAÇÃO.
No lado esqº, o malogrado "Rochita, ao centro o Fur. Jorge |
Saiu de seguida um Unimog com um condutor e um Furriel para abrir caminho até METANGULA. Chegando à base dos Fuzileiros foi logo observado pelo corpo clínico , confirmando que efectivamente era nos olhos que estavam os ferimentos.
Havia necessidade de fazer uma evacuação rápida para VILA CABRAL. Tentou-se comunicar via rádio, mas foi impossível.
De costas o Gen. Caeiro Carrasco a seu lado o Capitão Caçorino Dias no Lago Niassa |
Como era urgente a evacuação do Cap. Caçorino Dias e não havendo tropa para ir a NOVA COIMBRA a informar da necessidade de um pelotão, o regresso a NOVA COIMBRA foi feita pelo mesmo condutor e Furriel que tinham acompanhado o Capitão Caçorino Dias à base dos Fuzileiros.
Quando da chegada NOVA COIMBRA já o 3º Pelotão que tinha sofrido a emboscada lá se encontrava, ficando a Companhia ao corrente do estado do Capitão. E da necessidade de fazer a evacuação de METANGULA para VILA CABRAL. Ficaram também a saber que o Tenente Carvalho Araújo não tinha ido para METANGULA pois só tinha ido o jeep com o Major Fradinho da Costa no Unimog com o condutor e o Furriel, os mesmos que tiveram de fazer o regresso a NOVA COIMBRA. Ficou logo no ar que quem tinha pisado a mina tinha sido o Tenente Carvalho Araújo, tendo morrido de imediato.
Saindo um Pelotão para tentar encontrar o Tenente que estava no local onde pisou a mina, o que não tinha sido apercebido a sua falta porque o capim estva alto e só a sua ausência em NOVA COIMBRA levou-nos à sua procura tendo sido confirmada a sua morte.
Este relato do ferimento do Capitão Caçorino Dias é uma justa homenagem de todo o pessoal da CCAV 754 (7 de ESPADAS). Foi uma honra para nós semos comandados por este militar que consideramos um herói. Adicional à sua bravura e valentia era um condutor de homns fora do normal pois sempre contou com a Companhia incondicionalmente para todas as operações que eram solicitadas. Tivemos derivada às circunstância da nossa operacionalidade, quatro Comandantes, mas o espírito firme que a Companhia teve isso só com trabalho de comando que sempre foi mostrado pelo nosso Capitão, desde a formatura da Companhia, em SANTA MARGARIDA, até ao dia do seu ferimento, tendo ficado bem vincado o seu carisma de militar e humano até aos dias de hoje. Todos nós nos sentimoshonrados e orgulhosos por termos sido comandados por ele.
No balanço operacional a Companhia teve 6 mortos, 5 feridos evacuados e cerca de 30 ferios ligeiros. Em Maio de 1966, fomos rendidos pela CCAV 1506 e fomos para INHAMINGA de onde partimos de regresso a casa em Julho de 1967.
A 31 de Maio de 1965, morreu em combate quatro militares da CCAV. 754
2º Sargento QP Joaquim Fernando
Soldado Manuel Henriques Monteiro
Soldado Manuel F. Parentes de Bouças
Manuel Luís Prazeres Lima
A 03 de Setembro de 1965, morreu em combate o soldado da CCAV. 754
José Fernandes da Rocha.
A CCAV. 1506, comandada pelo Capitão de Cavalaria Leopoldo Alberto Faro Pereira Pinto e integrada no BCAV 1879, embarcou, a 12 de Fevereiro de 1966.
Desembarcou em Nacala e foi Nova Coimbra, onde rendeu a CCAÇ 695.
De Fevereiro de 1966 a Março de 1967, efectuou patrulhamentos, nomadizações, emboscadas e abertura de itenerários. Participou nas operações "Dragão" (Namatumba) , "Estribo" (entre os rios Mepotxe, Trulo e Lucambo)"Lança em Riste" (Planalto de Miandica), "Gamarra" e "Quorum".
Em Março de 1967 é rendida pela CCAÇ 1558 do BCAÇ 1891.
A 15 de Fevereiro de 1967, morreu em combate um militar da CCAV. 1506
A 08 de Agosto de 1966, morreu em combate um militar da CCAV. 1506
Quando da chegada NOVA COIMBRA já o 3º Pelotão que tinha sofrido a emboscada lá se encontrava, ficando a Companhia ao corrente do estado do Capitão. E da necessidade de fazer a evacuação de METANGULA para VILA CABRAL. Ficaram também a saber que o Tenente Carvalho Araújo não tinha ido para METANGULA pois só tinha ido o jeep com o Major Fradinho da Costa no Unimog com o condutor e o Furriel, os mesmos que tiveram de fazer o regresso a NOVA COIMBRA. Ficou logo no ar que quem tinha pisado a mina tinha sido o Tenente Carvalho Araújo, tendo morrido de imediato.
O célebre Joaquim Agostinho, o 2º à dirtª a transportar mais um soldado morto na zona do Lunho |
Este relato do ferimento do Capitão Caçorino Dias é uma justa homenagem de todo o pessoal da CCAV 754 (7 de ESPADAS). Foi uma honra para nós semos comandados por este militar que consideramos um herói. Adicional à sua bravura e valentia era um condutor de homns fora do normal pois sempre contou com a Companhia incondicionalmente para todas as operações que eram solicitadas. Tivemos derivada às circunstância da nossa operacionalidade, quatro Comandantes, mas o espírito firme que a Companhia teve isso só com trabalho de comando que sempre foi mostrado pelo nosso Capitão, desde a formatura da Companhia, em SANTA MARGARIDA, até ao dia do seu ferimento, tendo ficado bem vincado o seu carisma de militar e humano até aos dias de hoje. Todos nós nos sentimoshonrados e orgulhosos por termos sido comandados por ele.
Armamento capturado à Frelimo em Nova Coimbra |
A 31 de Maio de 1965, morreu em combate quatro militares da CCAV. 754
2º Sargento QP Joaquim Fernando
Soldado Manuel Henriques Monteiro
Soldado Manuel F. Parentes de Bouças
Manuel Luís Prazeres Lima
A 03 de Setembro de 1965, morreu em combate o soldado da CCAV. 754
José Fernandes da Rocha.
COMPANHIA DE CAVALARIA 1506
A CCAV. 1506, comandada pelo Capitão de Cavalaria Leopoldo Alberto Faro Pereira Pinto e integrada no BCAV 1879, embarcou, a 12 de Fevereiro de 1966.
Desembarcou em Nacala e foi Nova Coimbra, onde rendeu a CCAÇ 695.
De Fevereiro de 1966 a Março de 1967, efectuou patrulhamentos, nomadizações, emboscadas e abertura de itenerários. Participou nas operações "Dragão" (Namatumba) , "Estribo" (entre os rios Mepotxe, Trulo e Lucambo)"Lança em Riste" (Planalto de Miandica), "Gamarra" e "Quorum".
Em Março de 1967 é rendida pela CCAÇ 1558 do BCAÇ 1891.
A 15 de Fevereiro de 1967, morreu em combate um militar da CCAV. 1506
A 08 de Agosto de 1966, morreu em combate um militar da CCAV. 1506
Li e gostei de ler. Obrigado pela consideração, Caro amigo, ex-combatente, Amadeu Neves da Silva, pois, todas as ocorrências relatadas são verdadeiras, infelizmente. Digo infelizmente, porque causaram a morte e ferimentos irreparáveis nos nossos camaradas que resistirem a morte mas, não aos ferimentos causados de sofrimento para toda a vida. Penso não ter valido a pena, lutar por uma causa perdida. Um abraço.
ResponderEliminarAmadeu Neves da Silva, relativamente ao registo fotográfico ««Joaquim Agostinho o segundo à direita na foto no Lunho a transportar um ferido», que incluiu no v/blog como ilustração de situações ocorridas na área de Nova Coimbra, sou a solicitar-lhe esclareça qual a fonte original de tal fotografia, no intuito de se entender em que subunidade do Exército prestou serviço aquele militar.
ResponderEliminarSaudações veteranas,
Abreu dos Santos