Em Novembro de 1966, fui destacado com a minha secção para as Minas de Marropino,que se encontravam na zona de acção da CCAÇ 1558. A nossa presença foi um meio de mostrar às centenas de trabalhadores a presença militar.
Vimos, pendurados nas enormes escavadoras, como o minério era extraído a céu aberto e como ele era seleccionado.Ficámos impressionados com a grandeza da exploração.
Tivemos a oportunidade de conviver com o sr.Pio Cabral, proprietário das minas, que nos tratou excepcionalmente bem, assim como muitos trabalhadores europeus que laboravam nas minas.
Igualmente constatei, que os trabalhadores autóctones tinham condições de trabalho e de vida que não via noutras explorações.
Gostei francamente de lá estar,presumo que foram 15 dias.Guardo de MARROPINO muitas lembranças e saudades.
ZAMBÉZIA EM FOCO
A produção de tantalite, um minério com larga aplicação na indústria electrónica, acaba de ser retomada na mina de Marropino, no distrito do Ile, na Zambézia. Ahttp://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/docs/oficiais/s1/prov-1-13.jpg exploração mineira esteve paralisada durante dezoito meses devido a problemas de gestão da empresa concessionária, a multinacional Highland African Minning Company, Lda.
Maputo, Quinta-Feira, 13 de Janeiro de 2011:: Notícias
A empresa retomou a extracção e processamento do minério em Abril do ano passado. No essencial foi um processamento de resíduos para a produção de tântalo, um metal branco-acinzentado, denso e muito escuro, com larga aplicação na indústria electrónica, principalmente na produção de telemóveis, componentes de geleiras, congeladores e na indústria aeroportuária.
O director-geral, Diocleciano Darsamo, disse à nossa Reportagem que após a reactivação dos trabalhos de extracção e processamento a empresa já exportou 16 mil quilogramas de tântalo.
O jazigo de Marropino tem uma reserva de 500 mil libras concentradas, o que equivale a 250 mil quilogramas de tantalite por explorar. O projecto de extracção foi desenhado, faltando apenas acertar aspectos técnicos para garantir a higiene e segurança no trabalho.
A planta instalada na mina de Marropino tem uma capacidade de processar duas toneladas e meia desta matéria-prima para a produção de tântalo. A região de Marropino localiza-se no posto administrativo de Mulevala e possui outros minerais, como por exemplo o morganite.
Espera-se que dentro de pouco tempo a Highland African Minning Company explore a mina de Morrua, um jazigo rico em tantalite e que se encontra há vinte e cinco anos abandonado.
Entretanto, o Governo tem vindo a insistir para que as empresas que estão a explorar os recursos cumpram com a responsabilidade social para resolver os problemas de infra-estruturas sociais como escolas, unidades sanitárias, entre outras.
Em resposta a este apelo, duas mil pessoas residentes na região mineira de Morrua, distrito do Ile, na Zambézia, contam desde semana passada com um Centro de Saúde com capacidade de atendimento de consultas externas, maternidade e um bloco administrativo. A unidade sanitária vai aliviar o sofrimento da população que percorria trinta quilómetros à procura de cuidados de saúde, como consequência da ausência completa de um estabelecimento do sector para prestar serviços essenciais básicos.
A população de Morrua vai, dentro dos próximos meses, contar com uma nova escola primária completa com sete salas de aulas e um bloco administrativo, construída com material convencional. As duas infra-estruturas sociais foram construídas no contexto da responsabilidade social da empresa Highland African Minning Companny que está a explorar o jazigo de Marropino. no Ile.
Para a construção da escola foram aplicados mais de quarenta mil dólares norte-americanos. O Presidente do Conselho de Administração daquela empresa, Eric Khon, disse no acto de entrega do centro de Saúde ao Governo que a filosofia da empresa é explorar os recursos, mas deixar algo importante que mude a vida das comunidades locais.
* JOCAS ACHAR
Sem comentários:
Enviar um comentário